O segundo dia da 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA), na terça-feira, 7 de outubro, foi marcado por uma programação diversa e participativa, dedicada às oficinas temáticas Arandu. Ao todo, 15 oficinas foram voltadas aos delegados e delegadas, com idades entre 11 e 14 anos, e cinco oficinas destinadas aos adultos, entre educadores, gestores e demais participantes da etapa nacional. O encontro acontece no Centro de Treinamento Educacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria, em Luziânia (GO).
Inspiradas no conceito Guarani de Arandu, que simboliza a sabedoria construída pela escuta e pela sensibilidade, as oficinas promoveram espaços de diálogo, experimentação e aprendizado coletivo. Nelas, os participantes vivenciaram experiências que unem ciência, arte, cultura e educação ambiental, discutindo temas como mudanças climáticas, protagonismo juvenil, combate à desinformação e sustentabilidade.
“Tivemos palestras de pessoas muito importantes e legais. Para mim é muito importante conhecer esse tanto de diversidade, isso é único”, destacou Miguel Arcanjo, participante da delegação do estado de Goiás.
Durante as atividades, os jovens delegados foram convidados a refletir sobre os desafios ambientais de seus territórios e a propor soluções criativas e colaborativas para transformar suas escolas e comunidades em espaços mais sustentáveis. As oficinas incluíam vivências práticas, jogos cooperativos, dinâmicas sensoriais e produções coletivas, estimulando o pensamento crítico e o engajamento social.
Já as oficinas voltadas aos adultos buscaram fortalecer o papel dos educadores e gestores na formação ambiental, oferecendo ferramentas pedagógicas e metodologias participativas que podem ser aplicadas no cotidiano escolar e comunitário.
As oficinas Arandu reforçam o propósito central da conferência: promover o diálogo entre gerações e consolidar a educação ambiental como um caminho essencial para transformar o Brasil com justiça climática, solidariedade, diversidade e participação cidadã.
Programação – Nesta quarta-feira, 8 de outubro, o evento contará com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; e do ministro da Educação, Camilo Santana. A programação segue até sexta-feira (10), com atividades formativas, rodas de conversa, apresentações culturais e a Feira de Projetos, que reúne iniciativas desenvolvidas nas escolas participantes.
A 6ª CNIJMA também se integra à agenda preparatória para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), reforçando o papel do Brasil na promoção de uma educação ambiental voltada para a ação climática e a sustentabilidade.
Retrospectiva – Durante o ano de 2025, a 6ª CNIJMA mobilizou 8.732 escolas em 2.307 municípios brasileiros, refletindo a ampla diversidade socioambiental do país. Entre essas, 1.293 escolas estavam localizadas em áreas de risco socioambiental e 158 atendiam estudantes com deficiência (PCDs). No que diz respeito à diversidade cultural e territorial, a conferência envolveu 1.478 escolas da zona rural, 186 indígenas e 139 quilombolas, abrangendo todos os estados brasileiros e o Distrito Federal.
Em termos de biomas, a Mata Atlântica concentrou o maior número de escolas participantes, com 2.818; seguida pela Caatinga com 2.467; Cerrado com 1.695; e Amazônia com 1.300 escolas.
A iniciativa reúne pelo menos uma turma dos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano). É um convite para que as escolas desenvolvam jornadas pedagógicas por meio de pesquisas e produção de conhecimentos que contribuam com seus territórios no enfrentamento das mudanças do clima.
Um legado de participação – Desde 2003, a CNIJMA envolveu mais de 20 milhões de pessoas. O programa tem valorizado a educação ambiental como política de Estado e promovido a inclusão de temas como mudanças climáticas e proteção da biodiversidade nos currículos escolares, conforme a Lei nº 14.926/2024. O processo fortalece o protagonismo infantojuvenil e conecta a educação básica às grandes agendas globais de meio ambiente e clima.
Assessoria de Comunicação Social do MEC
Fonte: Ministério da Educação